segunda-feira, 27 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
GOSTAR DOS MAUS PODE SER BOM
“Estás a ver o
Peter Pan? Qual é o personagem que gostas mais? Perguntava a Avó Catita.
Gosto de todos.
Mas gosto mais do capitão Gancho!
Mas o Capitão
Gancho é mau! Diz a Avó em choque.
Eu gosto dos
maus!” (acompanhado de sorrisinho malandreco).
Nós não vamos estar sempre lá, em cada momento, em cada segundo da vida deles, eles precisam da sua própria caixa de ferramentas, das suas soluções únicas e dos seus pontos de vista especiais. O meu desafio é deixá-lo ter um mau momento e estar presente e disponível se ele precisar de mim. Estar lá num momento mau é bom. Estar ali e confiar enquanto ele cresce com os passos que ele decide dar pelo caminho que ele vai fazendo. É ensiná-lo a aceitar a Vida tal como ela é, com muitas oportunidades e desafios, com muitos Peter Pans e Capitães Gancho.
terça-feira, 21 de junho de 2016
quinta-feira, 16 de junho de 2016
PEDIR AJUDA CUSTA MAIS DO QUE LAVAR TONELADAS DE ROUPA
Mini-férias. Muitas malas para lá. (Os maridos nunca
percebem porque levamos tantas coisas mas acabam sempre por perguntar “Trouxeste o meu qualquer coisa que gostava
de ter trazido e não me lembrei porque demoro 5 minutos a fazer a minha mini
mala minimalista?” )
Muitas malas para cá...muita roupa suja para cá.
O meu
nível de vulnerabilidade nestes momentos é proporcional à quantidade de roupa
suja que invade a minha cozinha. Nesse momento intenso, o pai catita passa por
mim sorridente e eu digo num tom pouco sorridente acompanhado de faíscas a
sair dos olhos “Está a correr-te bem o
dia, não? Não deves ter nada para fazer. ARGHHHHHHH”. Comunicação pouco
consciente e um nadinha de violenta que certamente vai despoletar do outro lado
uma resposta igualmente “simpática”.
Mas o que estava escondido no meu comentário ácido? Que
necessidade em falta é que eu queria comunicar? Talvez um “Estou mesmo cansada e sinto-me um pouco desamparada nesta tarefa hercúlea
de lavar a roupa, será que me podes ajudar?” Qual das duas acham que vai
ter uma maior cooperação e compreensão do pai catita?
É difícil pedir mesmo o que precisamos. Esperamos e
achamos que todos deviam saber o que estamos a pedir sem ter pedido. Sai a
esforço. Por cima da necessidade original acumulam-se tantos pensamentos,
julgamentos e uma grande carga emocional que perdemos a ligação com a necessidade base não
preenchida. Quando a encontramos custa dizer “estou a precisar de ajuda”. Bolas se custa. Mas se eu não sei
pedir o que preciso realmente, como posso ensinar o meu filho a fazê-lo? E se
nos custa tanto a nós essa vulnerabilidade, imagina o quanto custa ao teu filho
dizer mesmo o que ele precisa. Talvez em vez de comentários com humor inglês
ele use um comportamento mais desafiante para o comunicar. Talvez ele não tenha
outras ferramentas para além do comportamento para comunicar tudo o que vai lá
dentro. Toda a turbulência, o desnorteio e a enxurrada de emoções que o deixam
assoberbado. Talvez ele só te esteja a dizer à sua maneira “Estou mesmo a precisar de ajuda para arrumar isto tudo cá dentro.”
sábado, 11 de junho de 2016
terça-feira, 7 de junho de 2016
COMO AFOGAR O MULTITASKING
Tenho alguma dificuldade em não fazer nada. Talvez porque o multitasking tornou-se uma modernice esperada de uma mãe
trabalhadora e porque nós achamos que conseguimos fazer tudo. É uma espécie de mola interna, POING lá estou eu a saltar para
fazer o jantar. POING faço a lista das compras, POING vejo o mail, POING respondo
ao pequeno catita e ainda digo ao pai catita POING onde está a camisola cor de
laranja. Ufa. Quando estou com os braços enrolados com tanto malabarismo lá me
decido pelo unitasking durante uns 5 minutos.
De fora pode parecer um superpoder, por dentro é só uma
grande dispersão de energia e atenção. Se estivermos plenamente focados no momento,
todo o nosso corpo e cérebro estão ali. É quase uma meditação, uma presença
plena, constante e serena. Ali, surge uma confiança no que estamos a fazer e em
quem nós somos. Ali, somos apenas o que somos. Sem pensar no que aconteceu
antes nem no que vem depois.
Os miúdos dominam esta técnica ancestral e estão sempre
prontos a trazer-nos de volta ao momento presente com as ferramentas que mais
estão à mão.
19H07, o pequeno catita está no banho. Tenho
milhões de coisas para fazer. Já preparada para um enorme e épico multitasking,
em vez de um POING levei com um SPLASH na cara. Encharcada como uma esponja do
mar e sem pensar, larguei os taskings e dei início ao épico e unitasking BANHO
DE FAMÍLIAAAAAAA! SPLASH SPLASH SPLASH SPLASH
sexta-feira, 3 de junho de 2016
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